domingo, 13 de dezembro de 2009

Coração de mãe

Tudo corria muito bem. Meu pequerrucho cada dia mais esperto, mais risonho e brincalhão.

Seduzia e surpreendia a todos. Não parecia ter apenas dois meses.

Certo dia, ao acordar e olhar para ele, meu coração bateu mais forte.

Desde cedo algo me dizia que havia algo diferente.

O sorriso não era tão facil e a energia não era a mesma.

Preferi não alardear. "Deve ser cisma de mãe preocupada".

Mas meu coração de forma insistente me avisava que não estava tudo bem.

- Nossa, ele está tão calminho hj. me diziam

- Quase não deu trabalho....

Mas eu não conseguia me alegrar. Calminho até demais, pensei.

Bebê deve ser alegre, brincalhão, esperto e não calminho. Mesmo irritada com o comentário, deixei pra lá.

Ao passear com ele, notamos que estava enjoadinho.

- Está com dorzinha de barriga.

Não fiquei satisfeita com a explicação e, finalmente, expressei o que estava sentindo desde cedo.

"Não é isso não. Ele está mais quieto que o normal."

Ao chegar em casa e tirá-lo do carrinho, a confirmação do que meu coração já avisava desde cedo: meu pequenino ardia em febre.

E o arrependimento: por que não dei credibilidade ao que sentia e investiguei mais a fundo o que acontecia? por que não confiei no meu instinto?

Em seguida, o desespero de uma mãe ao passar pelo primeiro episódio de febre do filho.

A noite foi longa e o dia seguinte também, mas para a nossa alegria nosso pequenino se recupera bem.

De tudo isso fica a lição. Devo confiar mais no meu instinto. Assim, como todas as mães.

Não é a toa que sempre ouvimos que coração de mãe não se engana.

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