domingo, 4 de julho de 2010

A ausência presente



A ausência tem sido um constante cair de ficha.
O tempo passou mas é difícil me acostumar com a idéia.
Hoje, mais uma vez, me peguei preocupada com o celular.
Por um breve instante pensei " Se meu pai ligar?" Logo em seguida, cai a ficha...
Lágrimas. Saudades. Vontade de voltar no tempo.
Momentos difíceis. Às vezes quase desesperadores.
Respiro fundo...
...
Oro. Medito. Peço força.
Procuro algum conforto.
Preciso desabafar.
Meu filho que com ele tanto se parece me traz a constante lembrança.
E cada sorriso, cada palavra, cada brincadeira suaviza um pouco essa ausência ainda tão presente.
Meu pai está tão presente na minha vida: nas minhas escolhas, nas minhas avaliações, no meu cotidiano, no trabalho, no jornal, nos livros, nas coisas que deixou e ainda possuem o seu cheiro... e até no meu filho (seu esquimozinho). No orgulho que sempre terei de tê-lo como pai e no amor de filha que continuarei sentindo.

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